Após dois ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela região Sul terem sido atingidos, na terça-feira (27), por tiros no caminho entre as cidades paranaenses de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, a presidente nacional do PT declarou que Lula foi vítima de um atentado.
“Eu acabei de visitar os ônibus da gente que sofreram um atentado e nós, na verdade, fomos vítimas de uma emboscada na estrada. Os pneus de nossos ônibus estão cheios de miguelitos (pregos). Um dos ônibus teve dois pneus furados e levou dois tiros. Um na lateral que furou a lataria e um de raspão no vidro. Nós poderíamos ter uma pessoa morta, ou mais pessoas mortas. O outro ônibus também teve um tiro”, diz Gleisi.
A petista enfatiza que a caravana está sendo vítima de milícia armada. “Isso é o cúmulo o que aconteceu aqui. É um atentado, foi uma emboscada, foi tiro, nós não estamos falando aqui de oposição política. Não é grupo de oposição política, é milícia armada. Essas pessoas querem fazer um atentado à caravana, querem matar o presidente Lula. Eles não sabiam em qual ônibus Lula estava, eles jogaram e atiraram, poderia ter acertado o presidente ou qualquer integrante da caranava”, diz.
Gleisi ainda questiona autoridades sobre impunidade no caso. “Eu quero saber o que as autoridades paranaenses tem a falar sobre isso. Secretario de Segurança, Ministro de Segurança Pública, Ministro da Justiça, o Governo brasileiro, os presidentes do Senado e da Câmara, o Judiciário, o Ministério Público, vão ficar quietos até quando? Até morrer alguém? Vai precisar morrer alguém nessa caravana para provar que estamos sendo vítimas de milícia armada?” questiona Roffmann.
Segundo Gleisi, um boletim de ocorrência será feito e uma perícia vai ser pedida. Ela garantiu que a caravana continua. A viagem está prevista para acabar nesta quarta (28) com ato público em Curitiba.
