Política

Bolsonaro diz “Estado de sítio, era proposta para ser submetida ao Parlamento”

Segundo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o documento se tratava de uma proposta que ainda teria de ser levada ao Congresso

Por Juliana Garçon

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que a “minuta do golpe”, como ficou conhecido o documento que previa a intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do presidente Lula e convocar novas eleições, não tratava de decretar estado de sítio no Brasil com uma canetada. Segundo ele, o documento se tratava de uma proposta que ainda teria de ser levada ao Congresso.

“Quando se fala em estado de sítio, era uma proposta para ser submetida ao Parlamento”, alegou. “Eu não poderia sonhar em mandar uma minuta de estado de sítio para o Congresso sem uma exposição de motivos”, afirmou durante ato para apoiadores na avenida Atlântica, junto à praia de Copacabana, na zona Sul do Rio.

Conforme o ex-presidente, ninguém tentou capturar o governo com o poder com armas, em Brasília, em 8 de janeiro, quando da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reclamou que muitas pessoas estariam sendo condenadas porque alguns depredaram o patrimônio público. “Queremos que o Brasil volte a sua normalidade, que possamos fazer eleições sem suspeição”, declarou, ressalvando que não estava pondo em dúvida as eleições.

Ele afirmou, nesta manhã, que Elon Musk, controlador do X (antigo Twitter), mostrou “com provas” aonde a “democracia brasileira estava indo”. O empresário se envolveu numa celeuma ao criticar a suspensão, pela Justiça brasileira, de contas na rede social X que propagavam fake news. “Quando estive com Elon Musk, em 2022, começaram a me chamar de ‘mito’. E eu disse aqui sim temos um ‘mito da liberdade'”.

Falando em cima de um carro de som, de camiseta amarela, Bolsonaro declarou: “Mais que interferir, querem nos calar”. Alvo de investigações, o ex-presidente afirmou que “o sistema” não quer apenas torná-lo inelegível, mas também prendê-lo na cadeia. Disse ainda: “o sistema quer concluir o ‘trabalho’ de Juiz de Fora, quer nos colocar fora de combate em definitivo”, em referência à facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.

De acordo com o ex-presidente, seus antagonistas desejam implementar uma ditadura no Brasil. “O que eles querem de fato é a ditadura, com controle da mídia.” De acordo com Bolsonaro, “elegeram um cara que é amante da ditadura” sem dar nomes nem mencionar autoridades eleitas na última votação. Com relação à própria ascensão à presidência da República, afirmou: “Eu cheguei sem dever nada para ninguém, cheguei porque a maioria do povo assim o quis”.

Fonte: Agência Estado

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