Política

Indícios apontam ligação de Barbosa com alvos do esquema de venda de sentenças, diz coluna

Elos com investigados da Faroeste constam no pedido de prisão apresentado pela subprocuradora-geral da República

Indícios coletados pelo Ministério Público Federal (MPF) para a nova fase da Operação Faroeste, deflagrada na última segunda-feira (14), ligam diretamente o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, a alvos que integram o topo do esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

De acordo com a coluna Satélite, do jornal Correio*, os elos com investigados da Faroeste constam no pedido de prisão apresentado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, ao relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, contra o secretário afastado do cargo. 

Entre os quais, ligações do celular do chefe da SSP para o falso cônsul Adailton Maturino, preso e acusado de liderar o esquema, e um empresário tido como grande operador financeiro da organização criminosa.

Ainda conforme a publicação, os contatos coincidem com o período das operações Oeste Legal, Immobilis e Leopoldo, que tinham como alvos os dois futuros investigados da Faroeste. O que, para o MPF, reforça a tese de que Barbosa agiu para blindá-los e informá-los de ações sigilosas em curso.

O MPF elenca ainda uma série de contatos feitos no mesmo período para os investigados a partir dos telefones dos dois principais auxiliares do secretário de Segurança Pública: a chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), delegada Gabriela Caldas, também afastada por um ano, e o superintendente de Inteligência do órgão, Rogério Magno.

Outros indícios citados no pedido ao STJ são um repasse bancário de R$ 11 mil do suposto operador do esquema para a esposa de Maurício Barbosa e o patrimônio do secretário. Segundo o MPF, ele possui imóveis de alto padrão em Salvador e no Litoral Norte e dois BMWs de luxo.

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