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Em plena crise hídrica, Ibram quer gastar R$ 3 mi com documentário

Mesmo em meio à maior crise hídrica da história do Distrito Federal, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) quer destinar R$ 3 milhões para a produção de um documentário. O recurso é proveniente de compensações ambientais e teria sido autorizado pela presidente do órgão, Jane Maria Vilas Bôas.

O Tribunal de Contas do DF (TCDF) estranhou a destinação da verba e abriu investigação. O dinheiro seria usado para financiar o filme “Como Pode um Peixe Vivo”, que se propõe a mostrar a recuperação do Córrego Riacho Fundo, que nem sequer foi iniciada. O riacho é um dos mais importantes afluentes do Lago Paranoá.

Além de desconfiar do valor, a Corte de Contas quer saber por que a mandatária do Ibram escolheu a produtora Caminho do Meio sem abrir licitação pública. Além disso, ela não teria dado publicidade ao programa no Diário Oficial do DF (DODF).

O Ibram é responsável pela preservação dos recursos hídricos, de parques, de nascentes e de mananciais. Cabe à unidade, ainda, controlar emissores de poluentes e fiscalizar impactos ambientais originários de construções de empreendimentos.

O projeto começou a ser alvo de desconfianças em função da falta de detalhamento. Segundo consta no material entregue ao TCDF, mesmo após pedidos formais de servidores do órgão, a análise da destinação da verba ficou restrita a um grupo de trabalho criado apenas para essa finalidade.

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