Política

Candidatura de Jaques Wagner à Presidência fortaleceria Rui e equilibraria chapa, dizem especialistas

Com a aproximação das eleições presidenciais e o provável impedimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no registro da candidatura, crescem as especulações em torno nome do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, para que possa assumir o posto de presidenciável.

Wagner é o amigo pessoal de Lula, tem a experiência de dois mandatos no Governo da Bahia, foi capaz de fazer o sucessor (Rui Costa), além de ser respeitado em vários partidos. Mas a indecisão do PT em definir o nome já tem causado impasse até mesmo dentro partido. Na analise de bastidores, o Partido dos Trabalhadores vive um momento delicado na sua história, como avaliou o especialista em direito eleitoral, o advogado Ademir Ismerim.

“O PT tem passado por um momento político complicado com essa indecisão acerca do nome de Lula como candidato. Uma coisa é certa: O Lula é uma coisa e o PT é outra. Penso que uma candidatura de Wagner para presidência tem uma influência muito grande nas eleições locais”, disse Ismerim ao Varela Notícias.

O Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia, Joviniano Neto, acredita na possibilidade de Wagner concorrer à presidência da República fortaleceria o PT.

“Não acredito na possibilidade de Wagner ser candidato a presidente, em caso de possibilidade fortaleceria a candidatura de Rui com toda certeza e abriria espaço para o retorno de Lídice a chapa, embora o PSB já tenha anunciado a convocação da campanha dela para deputada federal. Então desarrumaria a situação interna do partido, pois ele teriam que redirecionar o nome de outro candidato para disputar para Câmara dos Deputados”.

Joviniano não acredita que o partido dos trabalhadores abdique do lançamento da candidatura de Lula para presidência da República. “A tendência é o PT registrar a candidatura de Lula e ele só não ser candidato quando for vetado pela Justiça Federal, ficando claro para os eleitores que ele não foi candidato devido a repressão judicial”.

Caso haja confirmação em torno do nome de Wagner durante a convenção do PT, dia 4 de agosto, o cenário das eleições para o Senado na Bahia ganharia novos contornos, com a possibilidade da senadora Lídice da Mata voltar a chapa majoritária na condição de candidata ao Senado.

“Acredito que uma possível saída de Jaques Wagner para se candidatar a presidência da República, equilibraria todo cenário, inclusive com a indicação do substituto dele na chapa que poderia ser o nome de Lídice. Na medida em que, era a senadora que estava pleiteando a vaga e não participou da chapa. Pelo que a gente tem ouvido no cenário local, o Wagner para o Senado é tido como eleito e uma possível saída dele deixaria todo mundo com a mesma cara”, avaliou Ismerim.

Por outro lado, Joviniano Neto acredita que não haveria influência positiva para chapa de Zé Ronaldo, tornando o PT mais forte em qualquer cenário.

“Acredito que o nome de Wagner na disputa para presidência da República enfraqueceria a chapa de Zé Ronaldo, pois teria um candidato a presidente vindo do Estado. A Bahia não tem presidente desde que Manuel Vitorino (vice) assumiu no lugar de Prudente de Morais, então seria a primeira vez que a Bahia elegeria um presidente. Isso fortaleceria muito o PT”.

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