Política

Podemos na Bahia deve perder quadros com chegada de Moro

O Podemos na Bahia pode passar por uma verdadeira dança das cadeiras em breve diante da chegada de Sérgio Moro

Tribuna da Bahia

O Podemos na Bahia pode passar por uma verdadeira dança das cadeiras em breve diante da chegada de Sérgio Moro para a corrida à Presidência da República. O partido tem arranjos bastante controversos na esfera local: apoia o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), simultaneamente. 

Nos bastidores, são cada vez mais crescentes os rumores de que o presidente estadual da agremiação e deputado federal Bacelar deixe o partido temporariamente apenas para concorrer em 2022. A tendência, segundo se comenta, é que ele deixe alguém de confiança no comando. 

Já na esfera local, os dois únicos vereadores que se elegeram pelo partido, Sidninho e Emerson Penalva, também procuram novos destinos. O primeiro está na base aliada de João Roma (que também trabalha pela candidatura ao Governo da Bahia) e negocia, entre outras legendas, com o Republicanos. Penalva, por sua vez, é aliado de primeira hora de Bruno Reis (DEM) e está flertando com o União Brasil. 

Bacelar não foi encontrado pela reportagem para comentar o caso. Em novembro, após a filiação de Moro, ele se disse “entusiasmado” com a chegada do correligionário. “A filiação de Sérgio Moro é motivo de entusiasmo para qualquer partido. Um nome de expressão nacional e grande representação.? Temos as nossas divergências políticas, mas sua presença significa muito para o Podemos, principalmente, Nacional”, ressaltou, na ocasião. “É sinal de crescimento e de força. Senti isso pela cerimônia de filiação, mas continuo afirmando que não vou mudar meus posicionamentos ou ideologia. O Podemos na Bahia seguirá firme, junto com o governador Rui Costa, trabalhando e lutando pelo povo, como sempre fez”. 

Janela Partidária – A Justiça Eleitoral estabeleceu que, entre 3 de março e 1º de abril, acontecerá a janela partidária, período em que deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato. 

Dia 2 de abril, seis meses antes do pleito, é data-limite para que todas as legendas e federações partidárias obtenham o registro dos estatutos no TSE. Este também é o prazo final para que todas as candidatas e candidatos tenham domicílio eleitoral na circunscrição em que desejam disputar as eleições e estarem com a filiação deferida pela agremiação pela qual pretende concorrer. Presidente da República, governadores e governadores de Estado e prefeitas ou prefeitos que pretendam concorrer a outros cargos em 2022 têm até esta data para renunciar aos respectivos mandatos.

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