Em delação, Funaro contará como Geddel intermediava interesses da JBS no governo
Procuradores da República responsáveis pela Operação Lava-Jato devem decidir nesta terça-feira (15) se aceitam ou não o acordo de delação premiada do operador Lúcio Funaro, braço-direito de Eduardo Cunha (PMDB).
De acordo com o jornal O Globo, Funaro prometeu contar, dentre outras coisas, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima atuava como interlocutor de Joesley Batista junto ao Governo Federal.
Segundo a publicação, a substituição de Geddel pelo ex-assessor Rodrigo Rocha Loures na intermediação dos interesses da JBS teria sido inclusive um dos motivos para Joesley se reunir com Temer no Palácio do Jaburu, no dia 3 de março, em conversa que foi gravada pelo empresário e divulgada na imprensa.
Procuradores vão responder se aceitam ou não os termos da delação sugerido pelo operador. O entrave é o fato dos procuradores quererem pena de 10 a 12 anos de prisão, enquanto Funaro acha que com as revelações que tem a fazer, teria direito a sair da prisão até o fim do ano.
Ele está preso desde 1º de julho do ano passado. Se a proposta for aceita, Funaro deve começar a depor imediatamente sobre cada um dos casos de corrupção sobre os quais prometeu falar.