Política

PSOL-BA recua em lançar mulher e aprova Kleber Rosa

O PSOL aprovou no último fim de semana a pré-candidatura do cientista social, professor e fundador do Movimento Policiais Antifascismo, Kleber Rosa

O PSOL baiano desistiu de lançar uma mulher na corrida eleitoral ao Governo da Bahia, como estava sendo especulado desde a última eleição. O partido aprovou no último fim de semana a pré-candidatura do cientista social, professor e fundador do Movimento Policiais Antifascismo, Kleber Rosa. O vice será Ronaldo Santos A também cientista social especialista em Políticas Públicas, Coordenadora do Coletivo de Entidades Negras (CEN), dirigente estadual e nacional da sigla, Tâmara Azevedo, vai tentar uma vaga no Senado Federal. ? ? ? ? ? ? ? ? ? 
Com o movimento do PSOL, a tendência é que apenas homens concorram ao Governo da Bahia em 2022. Já se colocaram no jogo ACM Neto (DEM), Jaques Wagner (PT) e João Roma (Republicanos). Segundo a assessoria de imprensa do partido, a chapa saiu vitoriosa da disputa interna com cerca de 70% dos votos.? 

O partido realizou quatro pré-Conferências Eleitorais com o intuito de promover debates democráticos entre as pré-candidaturas inscritas e fomentar discussões sobre os principais problemas sociais do Estado com a militância. A professora universitária e militante feminista, Carol Lima, o militante de Feira de Santana, David Lopes Macedo, e a graduada em Letras pela UNEB e liderança religiosa de candomblé, Bernadete Souza, disputaram a vaga à pré-candidatura ao Governo do Estado. ? 

Kleber Rosa ressaltou, na ocasião, “que é filho de uma mulher sem terra, sertaneja, e de um homem sem teto, soteropolitano e a ?problemática do acesso à moradia sempre foi algo que perpassou a sua família”. O psolista destacou que “a Bahia precisa de políticas públicas efetivas de combate ao déficit habitacional”. 

“Eu via o sofrimento cotidiano de minha mãe por não termos uma casa própria para morar. Moramos em vários bairros de Salvador de aluguel. O direito ?à moradia, sem sombra de dúvidas, é um dos problemas que precisamos enfrentar e travar uma luta antirracista é um processo civilizatório que inclui o direito à moradia e não podemos nos sentir satisfeitos enquanto houver pelo menos uma pessoa morando nas ruas. É inadmissível que a gente naturalize a condição miserável de alguém que está na rua, que não tem onde morar, e que está exposta a tudo ?que é de ruim, ao frio, à violência e à fome. Os movimentos negros denunciam todas as situações as quais a população negra está exposta: educação precária, desemprego, fome, déficit habitacional e ?eu, enquanto homem negro, de periferia, e de família de baixa renda, sou produto dessa realidade”, pontuou Rosa. 

Já Tâmara Azevedo salientou que, na Bahia, temos 980 mil famílias chefiados por mulheres. Desse quantitativo, 90% são mulheres negras. “Nós sabemos a dor e a delícia de sermos quem somos.? É uma luta infindável para nós mulheres que tivemos que criar nossos filhos sozinhas, em carreira solo. Por isso, minha luta sempre foi para combater as desigualdades raciais, sociais e de gênero”, enfatizou Tâmara. De acordo com o partido, ela militante feminista, mãe, avó, empreendedora social, com 34 anos de militância e Conselheira das Fundações Lauro Campo e Marielle Franco.  

Tâmara Azevedo também aproveitou o Dia Nacional da Visibilidade Trans para se dirigir à militância LGBTQIA+. “O PSOL enquanto partido, não deve apenas acolher, mas também fortalecer a luta para garantirmos espaços de poder e de voz e fortalecermos a luta em combate à homofobia e ?à transfobia”, defendeu a liderança partidária. 

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