Política

Targino anuncia apoio a Geilson e DEM deve rachar em Feira de Santana

O deputado estadual Targino Machado (DEM), que sonhava ser candidato a prefeito de Feira de Santana na eleição deste ano, anunciou ontem apoio à pré-candidatura de Carlos Geilson (Podemos). Com a decisão de Targino, é possível que o Democratas na Princesinha do Sertão rache, já que parte das lideranças da sigla deve dar sustentação à candidatura à reeleição de Colbert Martins (MDB).

Ontem, Targino anunciou também que o PTB, o Democrata Cristão (DC) e o Solidariedade apoiarão a postulação de Geilson. “Continuo líder da parte boa do Democratas, mas cada dia mais distante do DEM de Feira de Santana. Se quiserem caracterizar como infidelidade, problema deles. Prefiro ser infiel a um partido, mas ser fiel a minhas ideias”, declarou o deputado.

No final de semana, Targino reclamou de ACM Neto, que é prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM. “Nunca fui do grupo comandado por José Ronaldo, não dou a ele essa honra. Entrei no partido a convite do presidente nacional, prefeito ACM Neto”, ressaltou. “Quando entrei no Democratas avisei a ACM Neto que se reunisse musculatura para ser candidato, encontraria dificuldade por parte de Zé Ronaldo e ele me garantiu que se não conseguisse me dar legenda, facilitaria a saída para que eu pudesse me filiar a outro partido. Mas essa garantia não consegui, ACM Neto não me liberou. Não sou candidato porque não terei legenda”, lamentou.

Targino afirmou ainda que, como deputado “não podia ser neutro”. “Não tenho perfil para ser liderado de Ronaldo, não reconheço estatura nem envergadura para ele ser meu líder. Não sirvo para ser apoiado por ele porque não sou Colbert que é uma múmia paralítica, um inerte, preguiçoso, rainha da Inglaterra hospedada em Feira. Aqui temos dois prefeitos: um que manda e outro que obedece”, atacou.

Antes da eleição de 2018, Geilson integrava o grupo do prefeito ACM Neto (DEM), mas rompeu logo após o pleito e migrou para a base do governador do estado da Bahia, Rui Costa (PT). “Esta construção não foi feita agora. Eu não acredito em político que não ouça o povo, as vozes da rua”, afirmou Geilson.

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