Aprovado na Câmara dos Deputados projeto que proíbe extermínio de cães e gatos por órgãos públicos
Uma ótima notícia para os cães que vivem em centros de zoonoses no Brasil, pois na última quarta-feira, dia 8 de fevereiro de 2017, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou projeto que proíbe a eliminação de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais congêneres. Agora, o Projeto de Lei 3490/12, do deputado Ricardo Izar (PP-SP), será enviada ao Senado. De acordo com este projeto, apenas animais com doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais poderão ser sacrificados.
Porém, a eutanásia só será autorizada após confirmação das doenças e problemas de saúde dos animais por meio de um laudo técnico. Além disso, as entidades de proteção animal deverão ter acesso irrestrito à documentação que comprove a legalidade da eutanásia.
O texto aprovado também prevê a possibilidade de realização de convênios com organizações não governamentais. A principal intenção é incentivar a adoção desses animais por meio de convênios do setor público com entidades de proteção animal. Agora, o Poder Executivo federal poderá realizar convênios e parcerias com prefeituras, entidades de proteção animal, organizações não governamentais, universidades, estabelecimentos veterinários, empresas públicas ou privadas e entidades de classe, para o desenvolvimento de programas ou feiras de adoção em todo o território nacional.
Segundo o texto aprovado, o controle da natalidade de cães e gatos no Brasil será feito por esterilização cirúrgica, procedimento que deverá ser feito exclusivamente por médico veterinário, após estudo feito nas localidades e regiões que apontem para a existência de superpopulação.
Para o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), os governos estaduais e municipais devem investir na castração dos animais de rua, não na morte indiscriminada desses animais abandonados. “Não dá para admitir que estados e municípios continuem a matar cães e gatos. O modelo de controle populacional tem de ser a castração dos animais, nunca o extermínio”, afirmou ele.
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), relator da proposta, disse que o texto aprovado avança na “luta necessária” para valorizar a vida dos animais.
Fonte: Câmara dos Deputados