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Servidores da Polícia Civil iniciam treinamento para atendimento de casos de violência contra mulher e grupos vulneráveis

O treinamento continuado de servidores da Polícia Civil para o atendimento especializado nos casos de violência contra a mulher e grupos vulnerabilizados iniciou mais uma etapa nesta quarta-feira (26). Um grupo de 25 agentes, entre delegados, escrivães e investigadores, está participando de uma capacitação que prossegue até a próxima sexta-feira (28), na Academia da Polícia Civil (Acadepol), com a presença da secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira, da delegada-geral da Polícia Civil, Heloi?sa Campos de Brito, e da diretora da Acadepol, delegada Joelma Jezler.

Segundo Julieta Palmeira, a violência contra as mulheres está em crescimento em todo o mundo e o Brasil não é exceção. “Há também um aumento da subnotificação, pela dificuldade que as mulheres têm de se dirigirem às delegacias de forma presencial ou outras formas de registrar a ocorrência ou denunciar. Então, é um estado de alerta. Mesmo durante a pandemia, a gente não pode ficar parado em relação a qualificar as delegacias especializadas e qualificar os núcleos de atendimento às mulheres em situação de violência em todo o estado da Bahia”, afirmou.

A capacitação é resultado de um termo de cooperação técnica entre a Polícia Civil e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). “É um tema que qualifica em gênero todo o contingente da Polícia Civil, porque entendemos que é muito importante que a gente qualifique melhor o atendimento às mulheres em situação de violência. Afinal de contas, a gente vive ainda em uma cultura machista, misógina e, sem dúvida nenhuma, um elemento fundamental dessa qualificação é exatamente discutir questões relacionadas a gênero, a como acolher essa mulher, como apoiar e como dar uma proteção mais efetiva a essas mulheres em situação de violência”, acrescentou Julieta Palmeira.

De acordo com a delegada-geral Heloísa Brito, a qualificação permite a revisão de conceitos e da forma de atendimento. “Porque a mulher, quando procura as nossas unidades, ela já chega fragilizada. Então, é preciso desenvolver nos nossos servidores a empatia, o acolhimento, bem como as informações técnicas que serão necessárias de serem consignadas nos procedimentos que serão realizados”.

Em razão da pandemia, obedecendo às regras de distanciamento e segurança, a capacitação está sendo realizada com turmas de no máximo 25 servidores. “Então, esse curso vai se replicar até que consigamos alcançar todo o efetivo que trabalha nas Deams da capital e da região metropolitana”, explicou a delegada-geral.

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