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Polícia indicia seis por morte de João Alberto no Carrefour em Porto Alegre, RS

João Alberto Silveira Freitas foi morto após ser espancado por dois seguranças brancos, no dia 19 de novembro. Inquérito concluiu que houve exagero nas agressões e delegada citou racismo estrutural para justificar desfecho da confusão no supermercado.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou seis pessoas por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesada vítima no Caso João Alberto Silveira Freitas, cidadão negro morto após ser espancado por dois seguranças brancos no dia 19 de novembro em um supermercado em Porto Alegre.

Segundo a polícia, a partir da análise das provas coletadas, é possível identificar que houve um exagero nas agressões impostas à vítima, resultado da fragilidade socioeconômica da vítima subjugada pelos indiciados. Os indiciados não vão responder pelo crime de injúria racial, após o racismo ter sido apontado como causa do crime pela família de João Alberto.

“Depoimentos que denotam a indiferença dos funcionários vinculados à empresa Carrefour e à empresa Vector no tocante às ações que cometiam contra a vítima”, diz trecho da alegação da polícia no processo.

“A investigação conseguiu verificar e trazer a tona, situação fáticas, jurídicas, como de racismo estrutural, a normalização de ações que passam a fazer parte do cotidiano normal das pessoas. Conjugamos com o que vimos e ouvimos nos depoimentos. Se a vítima fosse outra, se fosse alguém de condição social diferente, a situação poderia ser outra. Atos de discriminação foram feitos de forma desproporcionada. Seis pessoas sobre o domínio deste fato, então todas essas pessoas contribuíram para o desfecho final”, destaca a delegada Roberta Bertoldo.

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