Política

Líder do governo na AL-BA vê disputa dividida em Salvador

O líder de governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Rosemberg Pinto (PT), avalia que a eleição em Salvador ainda está dividida e, apesar das pesquisas apontarem o favoritismo de Bruno Reis (DEM), ele crê que a Major Denice Santiago (PT) poderá superá-lo ao intensificar o debate nas comunidades periféricas. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Instagram do portal TRBN (@trbn_oficial), plataforma online da Tribuna, onde falou sobre diversos assuntos.

“Tenho uma avaliação um pouco diferente em relação as pesquisas eleitorais, algumas de consumo interno e outras pela imprensa. Quando você soma as opções para a prefeitura de Salvador, a diferença entre o candidato do prefeito [Bruno Reis] e esses outros, ele chega a ser menor do que a soma dos outros candidatos. E alguns outros ele empata. Então, não é uma tarefa simples para o candidato do prefeito”, declarou o petista.

O parlamentar, no entanto, percebe uma dificuldade de comunicação de Denice em função da pandemia da Covid-19. “A Major Denice chegou num determinado momento com muita dificuldade de divulgação da sua concepção, uma vez que estamos vivendo uma pandemia. E nós precisamos dialogar bastante com Salvador. Não a Salvador da Pituba, do Itaigara, que têm acesso as redes sociais. Precisamos dialogar com a Salvador de Cajazeiras, de Águas Claras… de diversos locais periféricos que têm uma população significativa”.

Ele também avalia o bom desempenho do também pré-candidato do Avante, Pastor Sargento Isidório, que também é do campo do governador Rui Costa (PT). “O Isidório já tem, na minha opinião, uma consolidação dos seus votos em função da sua eleição de deputado federal e pela rede de pessoas através de seu trabalho social que se solidifica todos os dias. Mas a Major Denice é a cara de Salvador, negra, com projetos sociais em defesa das minorias”.

Ainda na entrevista, Rosemberg avaliou que a campanha em Salvador terá segundo turno e que o PT terá que se readaptar para se comunicar com as comunidades mais carentes. Ele também avalia que ainda há a possibilidade de unificar as candidaturas da base do governo, com o Palácio de Ondina lançando apenas três nomes ao pleito. “Insisto nisso. Acho que a gente poderia trabalhar essa possibilidade. Como é uma eleição de dois turnos, acho que isso não atrapalha no primeiro turno”.

Oposição

O líder do governo Rui também criticou o presidente Jair Bolsonaro, avaliando que ele está cumprindo o que prometeu na campanha de 2018, apesar da ideologia distorcida que ele segue. “Acho que ele está fazendo aquilo que ele disse aos seus eleitores. Que ele iria atacar mulheres, tinha resistências às opções sexuais, dizia que as pessoas tinham que andar armadas, que precisava voltar àquela concepção manda quem pode, obedece quem tem juízo. Ele está fazendo exatamente aquilo que ele falou”, diz, avaliando que ele faz um “péssimo governo”.

Rosemberg atacou ainda a falta de diretriz do governo Bolsonaro diante da pandemia da Covid-19. “Não gosto muito de politizar questões de saúde, porque são pessoas que perderam as suas vidas, familiares que estão muito triste, perdi amigos nessa caminhada. Mas acredito que perdemos um tempo imenso discutindo qual é o remédio adequado, se deve tomar ou não hidroxicloroquina. Ou seja, politizamos uma questão que era da saúde. Nós tínhamos que seguir um regramento da Organização Mundial da Saúde, dos especialistas em infectologistas”, alfinetou o petista.

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