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Exames em clínicas de trânsito movimentam cifras milionárias por ano na Bahia

O serviço de clínicas médicas credenciadas ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) movimenta cifras milionárias na economia baiana anualmente. Em 2016, entre exames para renovação e aquisição da primeira via da carteira de habilitação, os condutores baianos pagaram pouco mais de R$ 81 milhões para emissão de 143.368 novas carteiras e 340.651 renovações.

Em 2015 o Detran-BA emitiu 174.070 novas habilitações e renovou 341.600. Apenas os serviços nas clínicas geraram montante de R$ 81,6 milhões.

Os valores podem ser maiores, já que o valor calculado no caso da renovação não incluiu avaliação psicológica – obrigatória apenas para quem deseja ter a validação para transporte remunerado.

O serviço, pago na maioria dos casos em dinheiro vivo, é realizado por 201 clínicas em todo o estado, sendo 42 delas em Salvador e 159 no interior.

Segundo Augusto Seroes, vice-presidente da Associação Baiana de Clínicas de Trânsito da Bahia (ABCTran), a quantidade média de atendimentos por clínica em Salvador, em 2016, foi de 350. Em 2017, caiu para 270 atendimentos por unidade.

Seroes explica que a redução acontece devido a novos credenciamentos de clínicas, já que o total de clientes é dividido de maneira igualitária por meio de sistema eletrônico.

De acordo com Seroes, o credenciamento é regulado através de portaria e critérios definidos pelo Detran, com validade de um ano – renovável por igual período, desde que atendidas as prerrogativas.

Em Salvador, segundo ele, cada clínica deve ter dois atendentes, dois médicos e dois psicólogos. No interior, é preciso apenas um atendente, um médico e um psicólogo ( esses dois últimos são remunerados com 35% do valor de cada exame. Eles precisam ter formação agregada como médico especialista de tráfego e psicólogo especialista em psicologia do trânsito.

O valor do exame é reajustado pelo Detran, que este ano ficou em 6,8%, conforme reajuste que o governo fez em suas taxas. O exame médico saltou de R$ 110, cobrado em 2015, para R$ 128 em 2017. A avaliação psicológica subiu de R$ 143, em 2015, para R$ 170 neste ano.

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