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Eliana Bellini recebe Título de Cidadã Baiana entregue pela Deputada Neusa Cadore

“Eliana tem o espírito revolucionário de Maria Quitéria, Dilma Rousseff, Maria da Penha…!”. Foi assim que a deputada Neusa Cadore (PT) iniciou seu discurso na sessão especial “Democracia e Direitos Humanos”, evento no qual Eliana Bellini Rolemberg recebeu o Título de Cidadã Baiana. A sessão, realizada na manhã de ontem no plenário da Assembleia Legislativa contou com a participação de políticos, sindicalistas, lideranças e integrantes de movimentos sociais.
Segundo Neusa Cadore, a homenagem a Eliana não poderia ocorrer em outro mês, senão o de março, o mês da mulher. A atividade foi uma ação da Subcomissão de Autonomia Econômica da Mulher da Assembleia Legislativa. “Março é um mês muito simbólico para as mulheres. E muito nos orgulha poder conceder esse título a Eliana, uma militante incansável na defesa da igualdade social e da democracia”, afirmou a autora da homenagem.
A deputada ainda enfatizou que o palavra mais apropriada para falar de Eliana é “luta”. “Pela incansável militância por um mundo melhor, pela resiliência para superar as torturas que sofreu durante a ditadura militar, pelo compromisso com os movimentos sociais e pelas batalhas para superar a intolerância religiosa”, disse.   A homenageada chegou à Bahia nos anos 80, após o período da ditadura militar. Tornou-se diretora da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese), onde desempenhou papel de destaque no fortalecimento do diálogo inter-religioso no Brasil. Sua militância contribuiu para a emancipação das populações mais vulneráveis e para o desenvolvimento da Bahia.
DIVERSIDADE
Com o plenário lotado de movimentos de luta pela terra, da igreja, de mulheres, religiosos e de juventude, Emiliano José, superintendente de Direitos Humanos do Estado da Bahia, destacou que a luta de Eliana garante a multiplicidade de participação de movimentos sociais na homenagem. “Há toda essa pluralidade neste plenário, porque a luta do povo é a história da vida dela”, disse.  A secretária Fabya Reis disse que o processo de militância dialoga com as coletividades. E que este é o valor da defesa da democracia. Para Marizélia Lopes, está havendo um retrocesso no governo Temer, pois este  não leva em consideração nos Projetos de Emendas à Constituição (PEC) a diversidade  da população brasileira.
RETROCESSO
A sessão serviu também como um momento de denúncia contra as reformas previdenciárias e trabalhistas que estão sendo planejadas pelo presidente e toda a política que está sendo implementada por Michel Temer.
Para a homenageada, era imprescindível que a homenagem fosse politizada e isso foi seguido pelos diversos oradores presentes. Neusa Cadore destacou a luta de Eliana para combater o avanço ao conservadorismo. Catarina Lopes, do Centro de Estudos e Ação Social, (Ceas), Ruben Siqueira, da Comissão Pastoral da Terra, João Pedro Stédile, do MST, afirmaram que em tempos de golpes, é necessário ter exemplos como o de Eliana.
“Mais que nunca precisamos falar da democracia e dos direitos humanos. A democracia brasileira está sendo golpeada e é importante frisar o projeto Escola Sem Partido, que é um grande esforço para destruir a verdadeira educação. Precisamos garantir que a diversidade possa se expressar e reivindique direitos”, afirmou Eliana Rolemberg.
A ativista e nova cidadã baiana fez um apelo para que a Bahia resgate a democracia, assim como fez em outros momentos históricos. “Não podemos deixar que nenhum direito conquistado seja perdido”.

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