Polícia

Denunciado por homicídio de tio e sobrinho se apresenta à polícia: “não sou traficante”

Com a prisão preventiva decretada pela Justiça na última quarta-feira (14), Victor Juan Caetano Almeida, 21 anos, se apresentou nesta segunda-feira (19), na sede da Delegacia de Furtos e Roubos, em Salvador, acompanhado dos familiares e do advogado. Ele é um dos apontados por entregar Bruno e Yan Barros da Silva a traficantes do Nordeste Amaralina após a tentativa de furto de carnes no supermercado Atakarejo.

Victor foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado e cárcere privado. Em entrevista ao Balanço Geral, ele garantiu que não é traficante, apenas morador de Amaralina, e só saiu de casa quando ouviu gritos de “pega ladrão” com o intuito de conter os supostos criminosos. Antes de ter a prisão preventiva decretada e ser solto por apenas alguns dias, ele passou dois meses preso por causa desse mesmo caso.

Chorando bastante, o jovem contou que só se apresentou à polícia porque está com medo que façam alguma coisa com ele e com sua família. A mãe dele disse que temia que colocassem arma e drogas em sua casa para “comprovar” o envolvimento do filho com a criminalidade.

“Meu filho teria que responder pelo cárcere privado, não por homicídio, pois ele errou ao, no calor da emoção, ir atrás dos rapazes quando ouviu gritarem ‘pega ladrão’. Mas foi o gerente do Atakarejo que atiçou a população e chamou para olhar na porta do mercado. O gerente que foi o mentor de tudo. Meu filho não chamou traficante. A pior coisa é chegar na delegacia e entregar seu filho sabendo que ele é inocente”, lamentou a mãe.

Ela destacou que Victor sempre trabalhou, nunca usou drogas e sempre foi um “filho maravilhoso”. A situação que o rapaz está passando tem “acabado com a família”.  “Sentimos muito pelos rapazes [Bruno e Yan]. Oro sempre por eles, mas meu filho não fez isso, não matou ninguém. A polícia tem que trabalhar, mas que faça de forma justa, seguindo o que é correto”, completou.

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