Política

Chuva atrapalha campanhas em Salvador

Candidatos a prefeito de Salvador têm cancelado ou adiado agendas devido à chuva

Não é só a pandemia da Covid-19 que tem afetado as campanhas políticas em Salvador. A chuva, que tem caído na capital baiana, é outro obstáculo que os candidatos a prefeito têm tido que superar. Por causa da chuva, os postulantes têm cancelado ou adiado eventos eleitorais. Na última terça-feira, o nome do DEM ao Palácio Thomé de Souza, Bruno Reis, teve que adiar uma carreata nas regiões do IAPI, Caixa D’Água e Pau Miúdo. O democrata já tinha, na última segunda-feira, adiado outra carreata que aconteceria nos bairros de Imbuí/ Boca do Rio.

No início de outubro, Bruno foi obrigado a cancelar uma minicarreata na região de Sussuarana devido às chuvas. Em virtude da pandemia do coronavírus, os postulantes estão proibido de promover grandes eventos, como comícios. Pelo decreto estadual, está permitido apenas pequenos encontros com até 200 pessoas. Diante disto, os competidores pelo Executivo soteropolitanos têm apostado em carreatas para chegar até o eleitorado.

Candidata do PT à prefeitura, Major Denice Santiago também tem sofrido com as chuvas. A petista suspendeu, na última terça-feira, a visita às comunidades de Parque São Brás, Ferreira Santos, Alto da Bola e Muriçoca. Em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, Denice, em outubro, resolveu fazer uma carreata nas ruas do bairro de Pernambués e na região do Cabula, mesmo debaixo de chuvas.

“Mil vezes que tivesse essa oportunidade, mil vezes eu faria. Não é a chuva, não é o sol que vai me fazer me afastar do meu povo. Nunca seria. E eu preciso estar perto deles, eu preciso olhar nos olhos deles e dizer que eu vou cuidar deles. Sob chuva, sob sol, a tempestade que seja, eu vou cuidar do meu povo”, declarou Denice na época, ao lado governador Rui Costa (PT) e da candidata a vice Fabíola Mansur (PSB).

Do PCdoB, Olívia Santana também já presenciou cancelar eventos por causa das chuvas. Em outubro, decidiu suspendeu uma carreata em Cajazeiras. A comunista tem aproveitado para criticar a gestão do prefeito ACM Neto (DEM). “A falta de uma política de drenagem é uma vergonha, e eles não fazem porque não querem fazer. A prefeitura tem que investir em drenagem, tem que investir em requalificação dos espaços em que o povo preto e pobre mora. Tem que acabar com essa história de querer o nosso povo apenas para dar o voto pra eles”, afirmou Olívia.

Segundo ela, Salvador, há anos, tem os mesmos problemas em relação à infraestrutura. “Não tenho fotos de infância porque muitas vezes eu e minha família tínhamos que sair de casa correndo quando chovia, só com a roupa do corpo. Tenho 54 anos e ainda tem gente morrendo por conta de desabamentos, como aconteceu em abril, que uma avó e sua netinha morreram soterradas em Águas Claras”, ressaltou. Os candidatos têm agora apenas nove dias para fazer campanha, já que a eleição acontecerá no próximo dia 15.

Segundo o chefe da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macêdo, a “tendência é de perda de intensidade” da chuva nesta semana, o que pode ajudar os postulantes ao Palácio Thomé de Souza nestes últimos dias de campanha.

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