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Caso New Hit completa dois anos; banda chega ao fim e PM é demitido

new-hitNo dia 26 de agosto de 2012, nove integrantes da banda de pagode New Hit foram presos sob a suspeita de estupro contra duas adolescentes de 16 anos em Ruy Barbosa, a 300 km de Salvador. Todos os integrantes da banda, acusados de participação no suposto estupro coletivo, estão aguardando sentença em liberdade. Dois anos após a prisão, o processo criminal ainda não chegou ao fim, o grupo já não existe mais e as adolescentes não fazem mais parte do programa de proteção. Já o policial militar, que fazia segurança do grupo na época e é suspeito de ter sido conivente, foi demitido após responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), informou a Polícia Militar.

 

A audiência de instrução, processo no qual réus, supostas vítimas e testemunhas são ouvidas pela juíza que preside a ação penal juntamente com o promotor e os advogados, foi encerrada em 2013 . De acordo com a juíza Márcia Simões, que conduz o caso, a Justiça aguarda agora que o Centro de Defesa Criança e Adolescente da Bahia (Cedeca), que atua como assistente da acusação, apresente suas alegações finais, o que já foi feito pelo Ministério Público. Em seguida, serão intimados os advogados dos réus para apresentarem também alegações finais. Depois da apresentação, o processo estará concluído para a sentença. Tanto defesa quanto acusação não sabem estimar quando o caso chegará ao fim.

Fim da banda
Os músicos chegaram a retomar a carreira de shows após passarem 38 dias presos no presídio de Feira de Santana, a 107 Km de Salvador. No dia 30 de dezembro de 2012, eles fizeram a primeira apresentação. Já no dia 5 de outubro daquele mesmo ano, a participação da banda New Hit no Festival de Pagode, na capital baiana, foi cancelada. Na ocasião, a assessoria da banda alegou que os integrantes da New Hit não tinham condições psicológicas para realizar a apresentação.

“A gente tocava todo dia, final de semana fazia seis, sete shows. A banda acabou pelo fato de que depois de tudo que nós passamos, não podíamos mais fazer televisão. A gente ficava sempre pressionado”, recorda Alan Tringueiros, ex-dançarino do grupo. Alan trabalha atualmente com professor de dança em uma academia de Salvador e afirma que não sofre mais represália nas ruas. “Hoje em dia, graças a Deus, somos pessoas bem acolhidas na sociedade, mas sempre tem um ou outro que pode falar alguma coisa. No começo foi difícil porque, com as notícias, as pessoas ficam meio acanhadas em contratar o profissional, mas com o tempo você vai conquistando o espaço e as pessoas vão conhecer verdadeiramente quem você é e vão dar espaço para trabalhar”, garante.

Quanto aos demais ex-integrantes da banda, ele conta que mantém contato com o grupo, mas que poucos ainda trabalham no mesmo artístico. “Tem uns que preferem não trabalhar mais com banda, e os quem trabalham não é como antes. Eles não têm muito sucesso. Tudo por conta disso. A gente teve muito prejuízo. É um peso que carregamos nas costas”, lamenta. O dançarino afirma que pretende cursar faculdade e que aguarda ser inocentado do processo para voltar a trabalhar com música. “Quero passar por isso, primeiramente, para ter aquela sensação de alívio. Depois disso darei um novo pontapé na caminhada”.

Informações do site Jornal da Chapada

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