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Cachorros mortos dentro de freezer: PM e MP investigam matança animal em Minas

O Ministério Público Estadual (MP) e a Polícia Militar de Meio Ambiente estão investigando uma matança de cães pelo Centro de Referência de Vigilância em Saúde Ambiental (Crevisa) de Divinópolis, região Oeste do Estado. Corpos de 12 cachorros, entre eles três filhotes, foram encontrados em um freezer no local por integrantes da organização não governamental (ONG) Sociedade Protetora de Animais (SPAD) daquela cidade.

Os animais, segundo a diretora da SPAD, Íris Moreira, foram encontrados no dia 31 de março. Eles estavam acondicionados em sacos plásticos. A diretora informou ainda que no dia 2 de março uma cadela foi encontrada com filhotes e depois as crias delas foram encontradas mortas no freezer. “Chegamos de surpresa. Os funcionários alegaram que os animais estavam doentes e por isso foram sacrificados, mas até os filhotes estavam doentes também? A mãe não estava entre os cães mortos”, questionou Íris Moreira.

Para apurar a denúncia, o Ministério Público determinou o recolhimento dos cães mortos para serem encaminhados a um laboratório de Formiga, na mesma região, para determinar a causa da morte. Além dos animais, foram apreendidos documentos na sede da Crevisa. O MP quer se o sacrifício dos cães obedeceu as normas do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

A diretora de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Divinópolis, Janice Soares, disse que os animais sacrificados tinham leishmaniose e os manuais do Ministério da Saúde recomenda o sacrifício dos cães com a doença. Segundo Janice, foram feitos duas testes – um rápido e o Elisa – para a confirmação da doença antes do extermínio.

A Crevisa disse que registrou um boletim de ocorrência contra integrantes da SPAD que “invadiram” o local sem autorização e pode acionar a Justiça em razão da “não existência de irregularidades”. A diretora da ONG, Iris Moreira, negou em postagem no Facebook que tenha invadido a unidade.

“Foram todas muito bem recebidas (as integrantes da ONG) na CREVISA, cujos portões estavam abertos, por se tratar de instituição aberta ao público, pelo servidor Marcelo Gonçalves Diretor do órgão, que respondeu todos os questionamentos de Iris Moreira e as acompanhou em todas as instalações, abrindo inclusive o freezer com o cão dálmata que estava por cima de um freezer lotado de cães. As fotos foram tiradas na presença do coordenador que não as advertiu em nenhum momento”, afirma.

 

 

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