Política

Moraes foi a autoridade mais citada nas redes brasileiras em julho

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi a autoridade mais mencionada no ambiente digital brasileiro em julho, superando nomes como o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que mostra um levantamento, divulgado nesta quinta-feira (31), pela consultoria Arquimedes.

O magistrado esteve em mais de 4,27 milhões de publicações no período, postadas por mais de 329 mil perfis únicos. De acordo com o estudo, a repercussão ultrapassou os grupos organizados, atingindo públicos variados.

Uma postagem feita pelo influenciador Felipe Neto explicando, em tom irônico, as consequências políticas e diplomáticas da sanção dos EUA a Moraes aparece entre os conteúdos com maior engajamento.

No campo internacional, por sua vez, o secretário de Estado americano Marco Rubio foi responsável por uma das postagens mais amplamente compartilhadas.

A Lei Magnitsky, aplicada pelo governo dos Estados Unidos contra o ministro, prevê sanções econômicas e financeiras significativas, além de restrições no uso de serviços de empresas com sede nos EUA.

Estudo da consultoria Arquimedes aponta que o nome do magistrado superou até as menções ao tarifaço de Donald Trump

As sanções incluem a proibição de transações bancárias em instituições que atuam nos Estados Unidos, impossibilidade de utilizar cartões de crédito com bandeiras americanas e o congelamento de bens e ativos em território estadunidense. Além disso, a pessoa sancionada fica impedida de utilizar serviços de empresas como Meta e Google.

Segundo o levantamento, apesar de estar fortemente conectada ao caso de Moraes, a discussão sobre a lei também ganhou “força própria” e alcançou a quarta posição entre os assuntos mais comentados no mês de julho.

Com 1,28 milhão de menções e a participação de 181 mil autores, o tema foi impulsionado por perfis políticos, ativistas e comentaristas internacionais.

Ainda conforme a pesquisa, a narrativa predominante girou em torno da falta de legitimidade da aplicação da lei a um magistrado de um país soberano. Aproximadamente dois terços das manifestações foram críticas à aplicação da Magnitsky ao ministro brasileiro, enquanto um terço apoiou as sanções.

O estudo mostra que o segundo maior volume de menções no Brasil em julho foi gerado pelo tarifaço anunciado por Trump.

A discussão acumulou 2,15 milhões de postagens e apresentou um pico concentrado de mobilização entre os dias 9 e 13 de julho.

Houve a participação de mais de 237 mil perfis, que provocaram “forte reação nas redes, especialmente entre parlamentares, economistas e representantes do setor produtivo”.

Fonte: CNN Brasil

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