Coronel diz não ter sido chamado por Jerônimo para discutir chapa de 2026

O senador Angelo Coronel afirmou que nunca foi convidado pelo governador Jerônimo Rodrigues para tratar sobre a composição da chapa
O senador Angelo Coronel (PSD) afirmou que nunca foi convidado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para tratar sobre a composição da chapa majoritária para as eleições de 2026. Segundo ele, desde o início do mandato do petista, não houve qualquer conversa sobre política estadual entre ambos. Coronel destacou que delegou ao também senador Otto Alencar (PSD) a função de representá-lo nas articulações do partido.
“Eu seria mentiroso se dissesse que tive alguma conversa com Jerônimo nesse um ano e meio sobre política estadual. Zero. Nunca fui convidado para tratar do assunto chapa majoritária. Como ele tem tratado com os partidos, Otto Alencar tem a procuração de Angelo Coronel, da família Coronel, para nos representar nesse pequeno quinhão que nós temos dentro do partido”, disse durante entrevista para a Rádio Baiana FM.
O parlamentar afirmou que cabe ao governador conduzir as articulações e que está à disposição. “Como ele é o condutor do barco, acho que tem que partir dele. Já que ele está no interior atrás de prefeitos, estou à disposição também para ser convocado. Eu não sou prefeito, mas estou com o cargo de senador”, afirmou.
Coronel negou dificuldades de diálogo com Jerônimo e disse que, quando se encontram, a relação é amistosa. No entanto, revelou que tem conversado mais com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), do que com o governador. “Neto me liga, me procura, vai na minha casa. Tenta que a gente venha fazer algum acordo, mas sempre respeitando o espaço dele e o meu espaço”, declarou.
A fala expõe um certo distanciamento político entre o senador e o governador, apesar do PSD integrar a base aliada. Coronel reforçou que o interlocutor de seu grupo com o governo é Otto Alencar: “Otto é quem tem a procuração minha, da família Coronel e do nosso grupo, para nos representar. Mas pessoalmente, entre mim e Jerônimo, esse diálogo ainda não aconteceu”.
Coronel também comentou sobre a sucessão presidencial e afirmou não ver nome até o momento para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse já ter votado em Fernando Haddad (PT) em 2018, mas não repetiria o voto.
“Haddad tenta desestabilizar Rui Costa, planta notícia para depreciar o ministro. Isso é um absurdo. Na Bahia, tenho certeza que, se ele for o candidato, a campanha contra será pesada, e não tenho problema de capitanear essa campanha”, afirmou.