Temer afirma que o próximo presidente terá que fazer a reforma da previdência

“Nós colocamos na pauta política, ninguém pode negar que a reforma previdenciária é fundamental para o país”, disse.
Temer afirmou reconhecer que o tema é controverso e disse que ‘diversas circunstâncias’ impediram a aprovação das novas regras de aposentadoria durante seu governo.
Entre elas estão as duas denúncias contra ele apresentadas em 2017. Elas vieram após a deflagração do escândalo da JBS, em maio, quando a tramitação da reforma estava a pleno vapor na Câmara, apesar das polêmicas.
“As mais variadas circunstâncias impediram que se adotasse neste governo. E este é um tema, reconheço, bastante controvertido e merece mais amplo debate, mas não haverá, penso eu, presidente que venha ano que vem que não realizará a reforma previdenciária”, disse.
Temer defendeu, também, outra reforma polêmica, a trabalhista, e defendeu a necessidade de uma reforma tributária. “Vamos fazer uma grande simplificação e nessa seguramente impedir qualquer aumento de tributação”, afirmou.
Segundo pesquisa do Datafolha, o presidente Temer é o mais impopular desde a redemocratização. O emedebista, que é reprovado por 82% dos brasileiros, disse que apesar de ter sofrido “oposição legítima e natural, às vezes é exagerada” no início de seu governo, teve “ousadia” para fazer as reformas.
“O diálogo tinha se esvaído, se perdido ao longo do tempo, fosse o com o Congresso Nacional como o diálogo com a sociedade”, afirmou. “Nós restabelecemos o diálogo com o Congresso, e foi o que nos permitiu chegar até aqui e de uma maneira o diálogo com a sociedade.”